Assembléia na Carpintaria

29/04/2010 16:26

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. Um martelo  exerceu a presidência, mas  os  participantes  lhe  notificaram  que  teria  que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e  além  do  mais,  passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua  culpa,  mas pediu  que  também  fosse  expulso  o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante
do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez,  pediu  a expulsão  da lixa. Dizia que ela era  muito  áspera  no  tratamento  com  os  demais,
entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com  a  condição  de  que  se  expulsasse  o  metro,  que sempre media os outros segundo a  sua  medida,  como  se  fora  o  único
perfeito. Nesse momento  entrou  o  carpinteiro,  juntou  o  material  e iniciou o seu trabalho.  Utilizou  o  martelo,  a  lixa,  o  metro  e  o
parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a  carpintaria  ficou  novamente  só,  a  assembleia  reativou  a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e  disse:  'Senhores,
ficou demonstrado que temos defeitos,  mas  o  carpinteiro trabalha  com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos.  Assim, não  pensemos  em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos fortes.'

A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso  unia  e  dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o  metro era
preciso e exato. Sentiram-se então como uma  equipe  capaz  de  produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria  pela  oportunidade  de  trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.  Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa, negativa; ao contrário, quando se busca  com  sinceridade  os  pontos  fortes  dos outros, florescem as melhores  conquistas  humanas.  É  fácil  encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades...  Isso  é para os sábios!
 

(Autor desconhecido)